sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Ontem fomos comemorar o aniversário de um amigo no Outback do Iguatemi. Um grupo de 8 amigos, só duas meninas.
Papo de homem é aquela coisa né? Pareciam que ignoravam a gente e falavam sobre os “causos” da vida deles assim, sem papas na língua.
E o aniversariante contou a sua nova peripécia:
Mês passado ele conheceu uma menina na praia. Linda, loira, com tudo “em riba” e bem vestida. Papo vai, papo vem, eles ficaram. Já na primeira vez, eles foram ao motel. E assim seguiram os dias. Ficaram todos os dias, iam ao motel todos os dias, chegando a freqüentar a casa alugada pelos pais da menina em churrascos.
Aliás, não era simplesmente uma casa, era uma mansão, condomínio fechado em Atlântida, casa de frente pro mar e com piscina. As comemorações lá não eram apenas churrascadas, eram festas de luxo. E meu amigo empolgado, disse que achou estranho, porque os pais da menina eram super simples, mas muito festeiros.
Ele voltou a Porto Alegre e no fim-de-semana seguinte, novo convite da menina para ir a praia. Ele disse que não poderia, que estava curto de grana, ela se ofereceu para pagar o hotel para ele ficar. Ele foi.
Conversa vai, conversa vem, a menina disse que era analista financeira. Meu amigo cada vez mais deslumbrado: menina bonita, culta, simpática, dona do próprio nariz, rodopiando pelas praias em um Audi A4, pais instalados em uma casa confortável, dinheiro no bolso e ainda por cima, “boa no negócio”.
Acabando o período de praia, a menina começou a querer compromisso com ele. Ligava várias vezes por dia e ele começou a ficar com medo da insistência dela, às vezes chegava a chorar no telefone. E ele ligava também. Mas estranhamente, a menina só queria vê-lo durante o dia, a noite nunca podia. Ele começou a ficar desconfiado e querendo saber porque todas as noites dela eram ocupadas. E ela quieta...
Eis que dias após, ela manda uma mensagem que dizia que se ele queria saber mais sobre ela, era para acessar um site.
Meu amigo entrou e quase teve um chilique. A moça é uma fina “camélia” de uma casa bem popular aqui no Sul, com fotinho dela estampada lá e tudo!
Eles chegaram a conversar depois disso, ela falou que estava gostando dele, que queria continuar se encontrando com ele, e tentou convence-lo de que era um trabalho, como outro qualquer, e que precisava dele para se sustentar, para sustentar os pais. Meu amigo perguntou se os pais sabiam da verdade, ela disse que sim.
Depois disso ele não quis mais vê-la e foge dela como o diabo foge da cruz.
Fim da história.
O que eu não entendo é o seguinte: normal para mim é mulher que vai se prostituir na rua porque não tem o que comer, não tem como alimentar os filhos, não tem como pagar contas. Mas mulher que se prostitui porque quer andar com roupas de grife e de carro importado é algo que não consigo entender.
O que mais me espantou nessa história é o fato dos pais saberem da verdade. Gente, os pais sabiam que ela se prostitui! E acham normal uma vida de luxo as custas da profissão da filha!
Sinceramente, é uma coisa que eu não consigo engolir. Podem vir aqui me dando mil e uma explicações sobre isso, falando para eu não julgar, mas eu julgo sim!
Porque até tento entender a menina, deslumbrada, descobrindo como ganhar dinheiro (muito dinheiro), não querendo abrir mão de todos os luxos adquiridos para ter uma vidinha de assalariada.
Mas os pais? Para mim, não tem como tentar entender...
Mudando de assunto: Hoje a tarde chegou o meu primeiro presente de aniversário, e não foi do Beibe! Foi de um amigo nosso, o Gran, um nigeriano porreta que mora na Holanda já há 6 anos.
Ganhei de presente um livro que fala sobre a cultura, os problemas e as paixões dos nigerianos, com textos de vários autores. Acho que ele se cansou das minhas perguntas sobre o país, e para eu não infernizar mais me deu o livro, bem bacana!
Até mais!
Papo de homem é aquela coisa né? Pareciam que ignoravam a gente e falavam sobre os “causos” da vida deles assim, sem papas na língua.
E o aniversariante contou a sua nova peripécia:
Mês passado ele conheceu uma menina na praia. Linda, loira, com tudo “em riba” e bem vestida. Papo vai, papo vem, eles ficaram. Já na primeira vez, eles foram ao motel. E assim seguiram os dias. Ficaram todos os dias, iam ao motel todos os dias, chegando a freqüentar a casa alugada pelos pais da menina em churrascos.
Aliás, não era simplesmente uma casa, era uma mansão, condomínio fechado em Atlântida, casa de frente pro mar e com piscina. As comemorações lá não eram apenas churrascadas, eram festas de luxo. E meu amigo empolgado, disse que achou estranho, porque os pais da menina eram super simples, mas muito festeiros.
Ele voltou a Porto Alegre e no fim-de-semana seguinte, novo convite da menina para ir a praia. Ele disse que não poderia, que estava curto de grana, ela se ofereceu para pagar o hotel para ele ficar. Ele foi.
Conversa vai, conversa vem, a menina disse que era analista financeira. Meu amigo cada vez mais deslumbrado: menina bonita, culta, simpática, dona do próprio nariz, rodopiando pelas praias em um Audi A4, pais instalados em uma casa confortável, dinheiro no bolso e ainda por cima, “boa no negócio”.
Acabando o período de praia, a menina começou a querer compromisso com ele. Ligava várias vezes por dia e ele começou a ficar com medo da insistência dela, às vezes chegava a chorar no telefone. E ele ligava também. Mas estranhamente, a menina só queria vê-lo durante o dia, a noite nunca podia. Ele começou a ficar desconfiado e querendo saber porque todas as noites dela eram ocupadas. E ela quieta...
Eis que dias após, ela manda uma mensagem que dizia que se ele queria saber mais sobre ela, era para acessar um site.
Meu amigo entrou e quase teve um chilique. A moça é uma fina “camélia” de uma casa bem popular aqui no Sul, com fotinho dela estampada lá e tudo!
Eles chegaram a conversar depois disso, ela falou que estava gostando dele, que queria continuar se encontrando com ele, e tentou convence-lo de que era um trabalho, como outro qualquer, e que precisava dele para se sustentar, para sustentar os pais. Meu amigo perguntou se os pais sabiam da verdade, ela disse que sim.
Depois disso ele não quis mais vê-la e foge dela como o diabo foge da cruz.
Fim da história.
O que eu não entendo é o seguinte: normal para mim é mulher que vai se prostituir na rua porque não tem o que comer, não tem como alimentar os filhos, não tem como pagar contas. Mas mulher que se prostitui porque quer andar com roupas de grife e de carro importado é algo que não consigo entender.
O que mais me espantou nessa história é o fato dos pais saberem da verdade. Gente, os pais sabiam que ela se prostitui! E acham normal uma vida de luxo as custas da profissão da filha!
Sinceramente, é uma coisa que eu não consigo engolir. Podem vir aqui me dando mil e uma explicações sobre isso, falando para eu não julgar, mas eu julgo sim!
Porque até tento entender a menina, deslumbrada, descobrindo como ganhar dinheiro (muito dinheiro), não querendo abrir mão de todos os luxos adquiridos para ter uma vidinha de assalariada.
Mas os pais? Para mim, não tem como tentar entender...
Mudando de assunto: Hoje a tarde chegou o meu primeiro presente de aniversário, e não foi do Beibe! Foi de um amigo nosso, o Gran, um nigeriano porreta que mora na Holanda já há 6 anos.
Ganhei de presente um livro que fala sobre a cultura, os problemas e as paixões dos nigerianos, com textos de vários autores. Acho que ele se cansou das minhas perguntas sobre o país, e para eu não infernizar mais me deu o livro, bem bacana!
Até mais!
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