Por que Twilight é sem graça? (com spoiler)

sábado, 25 de abril de 2009

Porque é a mesma fórmula batida de qualquer conto de fadas, sem tirar nem pôr.

A mocinha é linda. Embora ela se julgue sem graça e mole, todos os rapazes da escola se interessam por ela. Tão óbvio...

A mocinha é pálida, como em todas as histórias insossas contadas para crianças.

A mocinha é delicada, nesse caso, ela é humana, quebradiça e com um pendor natural para desastres.

E a mocinha é pobre.

E daí, temos o príncipe, que tem todos aqueles acessórios que um bom príncipe deve ter: rico, bonito, forte, gentil, bem educado, protetor e apaixonado pela mocinha.

Não, o príncipe não é o cara mais humano, pobre e apaixonado, que vive em uma aldeia indígena, cuida do pai e toma conta da mocinha quando o príncipe resolve dar um chilique. Como a autora descreve, esse é o Paris e ele cai. Como o personagem era tão bem bolado e maravilhoso demais para simplesmente cair, lá vai Steph, colocando na história um bebê de Rosemary, um personagem bizarro que fica adulto em 7 anos, outra princesa, dessa vez para o índio. Prontinho, agora todos têm a sua princesa e o problema está resolvido. Prático, não?

Temos até o “felizes para sempre” e, nesse caso, o sempre é sempre mesmo, já que nenhum dos dois vai morrer.

Steph foi espertíssima, teceu uma saga, em cima de componentes tão óbvios e mesmo assim se deu bem. Porque as pessoas gostam de histórias com finais felizes, porque as pessoas AINDA gostam de contos de fadas mornos.

A única coisa elogiosa que eu vejo na escritora é o fato dela conseguir descrever sentimentos, e o faz maravilhosamente bem. Fora isso, os livros são patéticos e enjoativos. Não tem trama, não tem muitos acontecimentos emocionantes, as páginas se arrastam intermináveis, sem um pingo de criatividade para ações, morninho demais, açucarado demais.

E ela não fugiu do óbvio em relação ao Brasil, por que foi falar do Brasil naqueles livros estúpidos? Como sempre, fica a impressão que aqui só tem índio (nada contra, mas será que ela se deu ao trabalho de saber um pouco mais sobre o nosso país antes de citar no livro?)

Pra quem esperava algo ao estilo Harry Potter, cheio de confusões, ações, reviravoltas, sacadas brilhantes, emoção e aventura escorrendo por todas as páginas, a saga de Meyer é...enjoativa, como todos os contos de fadas e romances escritos para adolescentes e mulheres de meia idade. Acho que é por isso que os livros agradaram tanto esses públicos.

Desculpem os fanáticos pela série, mas nesse caso, fico com Stephen King:

“Tanto Rowling quanto Meyer, elas falam diretamente ao público jovem... a real diferença é que Jo Rowling é uma tremenda escritora e Stephenie Meyer não consegue escrever nada que valha um retalho. Ela não é muito boa”

E o filme? Ah, o filme...Tenho pavor da Kristen. Aquele revirar de olhinhos dela me irrita seriamente. E aqueles movimentos que ela faz com a boca, engolindo ar e parecendo que está arrotando? Pela mãe do guarda!

O que salva o filme é Pattinson, perfeito na atuação e colaborando com a trilha sonora que ficou, sem dúvida alguma, belíssima. Never Think é absolutamente perfeita, e as sonatas para piano que ele compôs para o filme ficaram delicadas, lindas.

Ouvi até uns comentários sobre o roteiro, sobre a adaptação do livro para filme, que foi mais fiel ao livro do que Harry Potter, que eles sempre mudam horrores a história quando levam ao cinema. Mas convenhamos, é muito mais difícil condensar e levar ao cinema algo como Harry Potter, que é denso, cheio de acontecimentos, do que essa saga soporífera.

E para não deixar os fãs da série muito brabinhos comigo, deixo “Never Think”.

Bom fim-de-semana a todos!



Fotos da viagem

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Pitcairn

A viagem foi...boa. Já voltei há um tempão, mas com o trabalho acumulado, tava quase impossível passar por aqui.

Ando em um ritmo acelerado, fazendo tudo na corrida, sem tempo pra nada, chego a sonhar com o trabalho e acordar aflita.

Queria fazer um diário de bordo sobre tudo que vimos, quem sabe com o tempo?

A viagem foi...interessante. Não foi propriamente confortável. Pitcairn é lindíssima, mas é longe, longe de tudo. Me senti na ilha de Lost, passamos 15 dias dentro de um barco nada confortável com mais 18 pessoas. Os “meninos” se divertiram bastante, mas as meninas, (ou seja, eu e mais uma pobre coitada), ficamos sem nada para fazer. Li um montão, todos os livros da série Twilight e de quebra ainda parte de Midnight Sun que eu afanei pela internet e salvei no note. O isolamento nem sempre é bom, faz você ter pensamentos psicóticos, principalmente quando os demais companheiros são egoístas demais para pensar no bem estar comum.

Havia dois holandeses com a gente que eram uó. Super egoístas com a comida, com as cabines, com tudo. Um deles, apesar do aviso da tripulação, de que tínhamos só 4 horas para visitação em uma das ilhas, resolveu ignorar as instruções. Resumo de tudo: ficamos quase 8 horas atracados no meio do nada esperando o cara, tivemos que enfrentar uma ventania pavorosa, (não, não era tempestade, era “só” vento) que fazia com que o nosso barco capenga tentasse se equilibrar sobre ondas de quase 5 metros de altura.

Vou postar algumas fotos, depois, com o tempo, vou colocando mais. Os lugares são lindos. Valeria a pena conhecer, com algumas recomendações:

Escolha bem a sua agência de viagens, bata o pé e exija ver as fotos do barco, que vai ser a sua casa por mais ou menos 15 dias. A maioria dos navios que fazem o trajeto são meio...miseráveis, você precisa saber de antemão que essa é uma viagem de aventura e não um cruzeiro luxuoso, mas peça para ver fotos, eu acho isso bem importante, e se possível, exija que no contrato da viagem, tenha as características do barco para você poder reclamar depois. Não faça como a gente, dentro de um barco furreca cheio de manutenções a serem feitas.

Na ilha não tem hotel, você vai ser acomodado nas casas das pessoas que moram lá. Be e eu tivemos sorte, pegamos uma família bacaninha, mas o outro casal, acabou ficando com um casal de velhinhos super religiosos e muquiranas, dormindo em um colchão horrendinho e tendo que rezar sabe-se lá quantas horas por dia. E nem tem muito que reclamar, porque o lance da viagem é a troca de experiências e todo mundo tava avisado que seria assim.

Vou deixar algumas fotos, depois coloco mais. A beleza de tudo até compensa a falta de conforto, mas se você achar que é um preço alto a pagar, pegue um aviãozinho até Moorea ou Bora Bora, se hospede no Sofitel ou no Sheraton e seja feliz.

 
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