Tem que ter esperanças...

domingo, 2 de setembro de 2007

Ando mais ocupada do que nunca.
Be está chegando semana que vem, estou atolada de trabalho e como se não bastasse, uma coisa chata está acontecendo na nossas vidas.
Pensei muito antes de vir aqui e contar, porque tenho experiência suficiente aqui na blogosfera para saber que quando algo ruim acontece com você, a maioria das pessoas vão ler, desejar que melhore, mas sempre tem aquelas poucas que se enaltecem internamente com a tristeza alheia.
Mas quer saber, que se lixem, estou escrevendo esse post porque quero partilhar um pouco do que acontece na minha vida com quem me quer bem.
Minha sogra está com câncer. Ela começou a ter umas dores no peito muito chatas e foi internada com insuficiência respiratória. Depois de alguns exames, acharam uma "mancha" em um dos seus pulmões. Depois de mais alguns exames, viram que é um tumor, e maligno.
Está todo mundo muito preocupado e triste.
Tive atritos com a minha sogra diversas vezes, sempre achei ela muito superprotetora com a prole, sempre cobrando dos outros atitudes que cabiam aos filhos dela, uma verdadeira leoa.
Mas e quem não conhece uma mãe que é assim? zelosa, paciente, amorosa?
Be está muito triste. Além de ser o filho mais velho, ele é realmente o mais amoroso com os pais.
Pois bem, conseguimos, aqui em Porto Alegre, um oncologista que dizem que é um dos melhores nesse tipo de câncer. Depois de muita insegurança e questionamentos, decidimos: sogrinha está vindo para cá, fazer a cirurgia, a quimio e o que mais tiver que ser feito.
Nosso maior temor é em relação a língua. Ela praticamente não fala inglês, é só holandês e alemão. Be vem mas precisará ir embora em outubro. Minha cunhada, só poderá vir em novembro, ficaremos eu e ela, um mês inteirinho juntas, cuidando dela e me virando para entender o que a "moeder" quer...
Sorte que nessas horas sempre aparece um anjo para nos salvar. Uma amiga da minha mãe, professora de alemão, se prontificou a nos ajudar com a comunicação. Penso que em casa a gente até se vira, criamos códigos para o que queremos dizer, o problema é no hospital, minha maior preocupação é que ela sinta dor, tenha alguma coisa, precise de ajuda, sei lá, e fiquemos sem entender...Essa sensação de impotência é uma coisa que anda me consumindo por dentro...
E eu tenho o meu trabalho. Como eu falei antes, mãe é mãe né não? a minha vai vir para cá todo o tempo que "moeder" estiver aqui, para me ajudar...
Espero, sinceramente, que dê tudo certo.
Era isso. Portanto, perdoem os meus sumiços, relevem as minhas faltas.
Devo fotos da viagem, fotos de Londres, histórias de viagem. Prometo que com o tempo, elas serão postadas...assim que esse temporal passar...
E feito o desabafo, vamos nos alegrar um pouquinho, não quero ninguém xoxo aqui não.
Deixo um vídeo supimpa para vocês, aqueles do tipo de assistir e se imaginar no lugar da mocinha...




 
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