terça-feira, 18 de julho de 2006
Pára tudo!!!
Tenho tantas coisas para fazer que estou até preocupada que eu não vá dar conta.
Resumo dos últimos dias:
Minha mãe foi no oftalmo e ela está com glaucoma, e por ser diabética precisa de uma cirurgia em caráter de urgência para diminuir a pressão dentro do olho e não correr o risco de ficar cega. Eu estou cheinha de coisas para deixar em ordem lá no escritório porque quero ficar uns dias lá no interior cuidando dela...a cirurgia foi marcada para semana que vem.
O médico disse que a cirurgia é bastante simples, apenas por um detalhe: ela corre o risco de ficar com a pálpebra do olho "caidinha"...Sei que isso não é nada, mas para alguém acostumada a ver a mãe sempre de unhas feitas, o cabelo sempre com luzes e impecáveis, fazendo 12 kilometros por dia na esteira e sempre na dieta para manter a glicose por volta dos 100 mg/dL é um pouquinho preocupante. Ela poderá fazer uma cirurgia corretiva se isso acontecer, mas falar em cirurgias me faz lembrar em anestesia...morro de medo delas!
Por conta das minhas férias forçadas tenho varado dias e noites no escritório. Agora são 15 horas, vim para casa tomar um banho e ficar um pouco com os gatinhos, para depois voltar para lá...sei lá que horas eu volto, se é que eu volto hoje, tenho tantas, mas tantas coisas, que tenho certeza que passarei a noite em companhia da pizza hut e do vigia da noite, que de vez em quando passa lá com um café para mim. Trabalhei o fim-de-semana todinho, estou em uma verdadeira maratona!
E muitas coisas se passam pela minha cabeça. Meu pai me liga pelo menos 2 vezes ao dia para "conversar", mas sempre acaba caindo no mesmo assunto: se eu vou mesmo ficar com eles semana que vem. Isso me faz ter dolorosas reflexões acerca do meu futuro...
A velhice dos meus pais é algo que realmente me preocupa. E o que eu faço? não consigo suportar a idéia de me mudar para a Bélgica e deixar meus pais aqui...e se eles precisarem de mim? e se acontecer alguma coisa com eles, o que eu faço? a agonia que esse tipo de pensamento me traz é algo assustador...
Não sei como lidar com isso, nos últimos tempos eu procurava nem ao menos pensar nisso, para não ficar assim, no desespero...mas talvez agora, me dê conta que eu tenha um dos maiores dilemas da minha vida nas mãos.
E do outro lado eu tenho o homem que eu amo. Passamos tantas coisas juntos, a saudade, o amor à distância, as conferências em vídeo encerradas para que o outro não visse lágrimas, o choro ao telefone, os abraços infinitos no reencontro, as vezes que fizemos amor em um chalé, os risos na madrugada....tudo isso pesa...apesar da distância, mantínhamos o clima do namoro e as viagens prolongadas pareciam bastar...mas agora não bastam mais.
Namorido faz questão de que o apartamento que eu estou querendo comprar aqui seja comprado pelos dois. Como fazer vistas grossas para alguém que, apesar da distância, se faz tão presente e tão interessado em se perpetuar na minha vida? Mas namorido exige....não como um carrasco, como um ditador, mas exige ter a mulher que ele quer para ser sua lá, ao seu lado....
Meses atrás ele estava muito gripado e falou na vontade que ele tinha que eu tivesse ao lado dele, cuidando, fazendo cafuné....como privar alguém tão maravilhoso disso? como me privar disso?
E como lidar com a situação da velhice dos meus pais? como querer que os meus pais não me queiram presentes quando eles precisarem? como eu vou ficar se um dia estiver lá, longe e algo acontecer? Não pela minha mãe, porque ela é durona, de um coração do tamanho do unverso...mas e o meu pai? meu pai parece uma criança, sem saber como agir, meu pai é do tipo que precisa dos filhos ao redor, não por egoísmo, mas porque ele é frágil, ele é inseguro, ele parece o meu filho, pedindo conselhos do que ele deve fazer em cada situação
Meus pais e meu namorado, as pessoas mais maravilhosas que Deus teve o prazer de colocar no meu caminho. Se pudesse pedir mais alguma coisa para Ele, pediria: DEUS, ME MOSTRA O QUE FAZER...POR FAVOR...
Resumo dos últimos dias:
Minha mãe foi no oftalmo e ela está com glaucoma, e por ser diabética precisa de uma cirurgia em caráter de urgência para diminuir a pressão dentro do olho e não correr o risco de ficar cega. Eu estou cheinha de coisas para deixar em ordem lá no escritório porque quero ficar uns dias lá no interior cuidando dela...a cirurgia foi marcada para semana que vem.
O médico disse que a cirurgia é bastante simples, apenas por um detalhe: ela corre o risco de ficar com a pálpebra do olho "caidinha"...Sei que isso não é nada, mas para alguém acostumada a ver a mãe sempre de unhas feitas, o cabelo sempre com luzes e impecáveis, fazendo 12 kilometros por dia na esteira e sempre na dieta para manter a glicose por volta dos 100 mg/dL é um pouquinho preocupante. Ela poderá fazer uma cirurgia corretiva se isso acontecer, mas falar em cirurgias me faz lembrar em anestesia...morro de medo delas!
Por conta das minhas férias forçadas tenho varado dias e noites no escritório. Agora são 15 horas, vim para casa tomar um banho e ficar um pouco com os gatinhos, para depois voltar para lá...sei lá que horas eu volto, se é que eu volto hoje, tenho tantas, mas tantas coisas, que tenho certeza que passarei a noite em companhia da pizza hut e do vigia da noite, que de vez em quando passa lá com um café para mim. Trabalhei o fim-de-semana todinho, estou em uma verdadeira maratona!
E muitas coisas se passam pela minha cabeça. Meu pai me liga pelo menos 2 vezes ao dia para "conversar", mas sempre acaba caindo no mesmo assunto: se eu vou mesmo ficar com eles semana que vem. Isso me faz ter dolorosas reflexões acerca do meu futuro...
A velhice dos meus pais é algo que realmente me preocupa. E o que eu faço? não consigo suportar a idéia de me mudar para a Bélgica e deixar meus pais aqui...e se eles precisarem de mim? e se acontecer alguma coisa com eles, o que eu faço? a agonia que esse tipo de pensamento me traz é algo assustador...
Não sei como lidar com isso, nos últimos tempos eu procurava nem ao menos pensar nisso, para não ficar assim, no desespero...mas talvez agora, me dê conta que eu tenha um dos maiores dilemas da minha vida nas mãos.
E do outro lado eu tenho o homem que eu amo. Passamos tantas coisas juntos, a saudade, o amor à distância, as conferências em vídeo encerradas para que o outro não visse lágrimas, o choro ao telefone, os abraços infinitos no reencontro, as vezes que fizemos amor em um chalé, os risos na madrugada....tudo isso pesa...apesar da distância, mantínhamos o clima do namoro e as viagens prolongadas pareciam bastar...mas agora não bastam mais.
Namorido faz questão de que o apartamento que eu estou querendo comprar aqui seja comprado pelos dois. Como fazer vistas grossas para alguém que, apesar da distância, se faz tão presente e tão interessado em se perpetuar na minha vida? Mas namorido exige....não como um carrasco, como um ditador, mas exige ter a mulher que ele quer para ser sua lá, ao seu lado....
Meses atrás ele estava muito gripado e falou na vontade que ele tinha que eu tivesse ao lado dele, cuidando, fazendo cafuné....como privar alguém tão maravilhoso disso? como me privar disso?
E como lidar com a situação da velhice dos meus pais? como querer que os meus pais não me queiram presentes quando eles precisarem? como eu vou ficar se um dia estiver lá, longe e algo acontecer? Não pela minha mãe, porque ela é durona, de um coração do tamanho do unverso...mas e o meu pai? meu pai parece uma criança, sem saber como agir, meu pai é do tipo que precisa dos filhos ao redor, não por egoísmo, mas porque ele é frágil, ele é inseguro, ele parece o meu filho, pedindo conselhos do que ele deve fazer em cada situação
Meus pais e meu namorado, as pessoas mais maravilhosas que Deus teve o prazer de colocar no meu caminho. Se pudesse pedir mais alguma coisa para Ele, pediria: DEUS, ME MOSTRA O QUE FAZER...POR FAVOR...
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