Batendo na mesma tecla

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Ih, sei que esse assunto já está batido, mas é que me atualizando na leitura dos blogs, achei dois textos no blog da Lu que eu queria que vocês lessem. São as blogagens do dia 31 de janeiro (com o título Metade desse post não é meu) e o do dia 2 de fevereiro (título: O outro lado da moeda). Peço licença a ela pelo copiar e colar descarados que eu estou prestes a fazer:
"...Quer casar com italiano? MULHER: esqueça o pé-rapado. Esse papo de amor e um barraquinho sá funciona enquanto tem tesão, que prima o poi acaba. E quando voce se achar a comer banana com farinha, lembre-se que aqui só tem banana d'água (que enjoa logo) e a farinha é cara, pois é produto importado. Eu não incentivo o casamento por interesse, pois não faz parte da minha personalidade, mas casar com pobre na tua terra é já um mau negócio, imagine no exterior!!! Certifique-se que o teu amor tenha condiçoes de ao menos te dar uma vida decente enquanto voce não se acostuma com o tranco daqui e possa arrumar um trabalho para melhorar a vida a dois e ter também um pouco de liberdade (é horrível pedir dinheiro pro marido prá comprar calcinha...). Não estou falando isso à toa: já vi muita mocinha estudada chegar aqui e ter que lavar privada sem nem menos saber uma palavra de italiano. Sem falar naquelas que acharam um marido que prá "arredondar" as entradas, botaram as lindas ( e até feias...) mulherzinhas brasileiras de mini-saia na calçada. Aqui, voce só tem ELE prá se apoiar e as dificuldades são tantas já prá quem tem uma vida normal, imagina um poveraccio. Mesmo se ele for rico (che culo!) procure não se deitar na manteiga e vá trabalhar do mesmo jeito! Voce só tem a ganhar"
"Muito se falou e se fala de brasileiras pistoleiras, caça-gringo, que embucham para segurar homem, etc. Eu não consigo ver nenhum tipo de exploração unilateral. Nesses anos observei muitos desses casais formados por "pistoleiras" e "gringos inocentes, coitadinhos", e notei que havia uma espécie de acordo velado entre a "parte espertinha" e a "parte bobinha" do casal.Vejam bem... em muitos países da Europa [leia-se Europa de verdade, então exclua os primos pobres, a Itália, a Espanha, a Grécia e Portugal] existe uma mentalidade muito grande de emancipação feminina. A mulherada não leva desaforo pra casa. A mulherada tem seu emprego, seu carro, seu apartamento, crescem os filhos sozinhas. E todos sabemos que nos séculos dos séculos, desde a idade da pedra, uma das melhores maneiras de cortar as asinhas das mulheres era justamente impedir a nossa emancipação. Quando falo de emancipação, vejam bem, falo de uma emancipação que começa na mente. Porque não é só o fato de trabalhar fora que explica a emancipação, mas é um status mentis de quem sabe o que é, quem sabe o que quer (relativamente falando) e quem sabe com quem quer estar.Então, meus amigos e parcos leitores, vocês acham mesmo que a mulher emancipada vai querer ficar lavando cueca de marido, limpando meleca de criança o dia todo, vai querer ser objeto sexual, ficar falando toda melosinha com o marido que precisa de dinheiro para comprar calcinha? Pedindo 100 euros pra mandar pra mãe pobre? E aí entram as latinas: alegres, fogosinhas, melosas, companheiras, lutadoras. Que não ligam em ter diploma, mestrado, doutorado e casar com pedreiro, coisas que eu ra-ra-men-te vejo por aqui. E quando eu digo raramente, é para contar nos olhos da cara, porque nos dedos da mão já seria muito.Aqui as pessoas, na sua grande maioria, se juntam com iguais. Então por um lado, quando a gente vê a brasileira com sonhos de cinderela e príncipe encantado, no outro lado o príncipe encantado também já fez os seus cálculos e sabe o quanto vai lucrar... nem que seja só sexualmente :-)O meu namorado diz que certos juntamentos de europeus e mulheres estrangeiras, permite que o europeu almeje um tipo de mulher, que aqui na Europa, ele teria que suar 10 camisas só para conseguir se aproximar e dizer "Oi". Que uma mulher européia que estudou, ou que acumulou um bom background cultural, social, que tem um trabalho legal, não se sujeita a ir limpar vaso sanitário ou tomar conta de idoso para ajudar o marido a pagar as contas. Já as brasileiras aceitam. E eu acho que ser maria-passaporte nesse caso não é lucro algum. Ou se é lucro, com certeza não é para essas mulheres."
Sei que eu estou batendo na mesma tecla, mas é que eu abri o meu e-mail e tinha 6 e-mails de meninas que estão começando a se envolver com estrangeiros me pedindo conselhos, e achei esses textos que as meninas (Lu e Daíza) escreveram bem apropriados. Pela irreverência usada e pelas verdades, assim, nuazinhas e desprovidas de qualquer eufemismo.
Cada um leva a sua vida do jeito que é mais apropriado, seja sendo executiva no Brasil ou virando "do lar" na Europa. Pensar com o coração ou com a cabeça para tomar a decisão mais sábia cabe a nós. As escolhas são de cada um, mas dignidade, respeito e amor próprio, ah, esse tem que se ter!
Vou continuar minhas andanças pelos blogs, até mais!

 
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